Esta sessão
do nosso blog é dedicada a homens e mulheres que a historiografia os tornaram
usualmente desconhecidos de todos exceto de suas famílias, seus vizinhos e
algumas instituições. Nosso objetivo é promover uma revisão do escrever
História ressaltando a coletividade dos indivíduos onde esses seres humanos
(homens e mulheres) são os principais atores da História e sua interatividade,
maneira de pensar, agir, vão moldando a História.
(Adaptado do livro
“Pessoas Extraordinárias de Eric Hobsbawm”.)
O sonho dos sertanejos de serem reconhecidos e
buscarem seu lugar na sociedade onde todos possam conviver em harmonia
respeitando e valorizando suas múltiplas culturas, essa utopia vive um contexto
novo com algumas mudanças e permanências históricas, a História e
historiografia podem e deve ser diferente no quesito “inclusão”, fugindo de
velhos paradigmas, como a eurocentrização e, mediante essa ideia falaremos de
seu Delmiro Pereira de Barros, homem de origem humilde, mas de um coração e uma
sensibilidade de um GRANDE SER HUMANO, que durante sua passagem pelo plano
terreno cultivou o AMOR AO PRÓXIMO, E A PARTILHA, doando terrenos para pessoas
necessitadas de sua época, Vale ressaltar que o Sr. Delmiro permitia que
agricultores plantassem em suas terras, tornando-se seus rendeiros o que
possibilitou que muitos pudessem ser aposentados como agricultores, ação
continuada por seus herdeiros,
colaborando assim para o povoamento e transformação socioeconômico do nosso
município, atitudes que dariam belas
páginas de um livro, nos aproximando das “pessoas” e tornando mais prazerosa a
leitura e o conhecimento da nossa História.
Criação
da Vila Delmiro
Em
1970 o Senhor Delmiro Pereira de Barros veio de Salgueiro/PE já sendo dono da
Fazenda Varzeota (popular Varjota) deste município de São José do Belmonte.
Aconteceu
que em uma fazenda vizinha a Varzeota que abrangia terrenos urbanos desta
cidade, naqueles tempos existia um grupo de mulheres solteiras que moravam em
suas humildes casinhas, o proprietário achou por bem dar ordem de despejo às
pobres mulheres. Então, elas não tendo direito de posse tiveram que desocupar o
referido terreno. Elas muito aflitas, não tendo lugar para morar, se recorreram
ao Sr. Delmiro pedindo apoio. O Sr. Delmiro com o seu coração de humanidade deu
apoio àquelas pobres mulheres necessitadas de suas moradias. Vendo a má
situação daquela gente, ele escolheu uma pequena área do seu terreno em frente
de onde hoje é a pista que vai para o Ceará, em frente ao Posto Osmar Fonseca
de Menezes. Liberou que elas fizessem suas barracas e ali ficaram muito tempo.
Daí por diante as pessoas interessadas aforaram terrenos para construção e
assim a Vila Delmiro cresceu.
Como
se vê muitas coisas boas na Vila Delmiro, podemos testemunhar os prédios
importantes como a Escola Marizinha Barros, Casa São Vicente de Paulo, Terminal
Rodoviário, Fórum Judiciário, como também a Igreja de Nossa Senhora das Dores
que é a paróquia da Vila Delmiro onde os fiéis fazem suas orações.
O
terreno da igreja foi doado pelo Sr. Delmiro e seu filho Mariano Pereira de
Barros. O começo da construção da capela foi pelo Sr. Chico das Carroças, pois
ele mesmo era devoto de Nossa Senhora das Dores.
Como
também se vê dois poços artesianos para abastecimento de água para a Vila.
Também a Vila possui uma grande caixa de água, construída pelo Governo do
Estado, para complemento de água para suas casas.
Você
andando pela Vila vê muitas residências confortáveis, muitas ruas calçadas e
bem iluminadas.
Podemos
dizer que não sabemos o roteiro daquelas mulheres.
As
famílias tomaram conta da Vila Delmiro que continua crescendo.
O
Sr. Delmiro já não existe mais, mas deixou seu nome e sua marca para lembrança
de todos. Ele era filho de Antônio Pereira de Barros (Antônio Caboclo) e
Antônia Maria da Conceição. Nasceu em Salgueiro em 18 de outubro de 1900 e
faleceu em São José do Belmonte em 14 de janeiro de 1986.
Vale
ressaltar que o Sr. Delmiro permitia que agricultores plantassem em suas
terras, tornando-se seus rendeiros. O que possibilitou que muitos pudessem ser
aposentados como agricultores, ação continuada por seus herdeiros.
Texto: Flaviano Callou e Pedro Barros
Realmente um grande homem.. Como dificilmente se vê hoje em dia!
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